Por Celorico

quinta-feira, janeiro 12, 2006

A Linha do Tâmega

Cerca de quinze anos passaram sobre o encerramento da Linha do Tâmega (Troço entre Amarante e Arco de Baúlhe).
Venho por isso lançar a discussão neste espaço.
O negócio na altura implicava a "troca" dessa linha que acarretava prejuízos para a CP e para o estado pela criação de uma via rápida a fazer exactamente essa ligação.
A argumentação que validava esse negócio assentava na necessidade de criar vias de comunicação (estradas) que permitissem o desenvolvimento económico e a instalação de industrias.
Quase 15 anos de pois vejamos o que se passou:
  • A linha de facto encerrou;
  • A Via Rápida não está ainda concluída até ao Arco de Baúlhe;
  • O troço Amarante/Celorico após uma série de actos rocambolescos (viu um troço de 4 km inaugurado por Cavaco Silva, na altura Primeiro Ministro e hoje candidato a presidente da républica) só foi concluído quando o anterior Presidente da Assembleia Municipal, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa ameaçou o estado de que iria avançar para tribunal caso o estado não cumprisse as suas obrigações;
  • O desenvolvimento económico nunca se verificou, as zonas industriais não se desenvolveram, e o tempo de o fazer terminou, hoje é tempo de deslocalizar a indústria para locais onde fique mais barato produzir. Hoje a aposta é no turismo e a Linha do Tâmega dava um jeitaço.
  • Celorico, Mondim e Cabeceiras - Concelhos afectados por este negócio antes virados para o desenvolvimento industrial viram-se hoje para o desenvolvimento turistíco sem uma ferramenta muito importante que um dia tiveram e hoje não têm.
Sabendo que se houver vontade esta discussão dará pano para mangas, deixo outra pergunta- Será que podemos continuar a pensar que esta discussão só interessa a um punhado de personagens radicais que exprimem as suas preocupações e a sua revolta através de grafittis e panfletos revolucionários?

23 Comments:

  • Em principio, a linha nunca mais será reaberta, depois de tantos anos, está tudo muito degradado e como nos dias de hoje, a viabilidade financeira está acima de tudo, penso que não será viável a reabertura. Muito importante para o potencial desenvolvimento do nosso concelho era a conclusão da variante até ao Arco e um nó na auto-estrada. O potencial industrial não será muito, porque somos periféricos em relação as grandes zonas do vale do ave, vale do sousa e Porto, mas pequenas industrias (de transformação de pedra por ex.) sem grande necessidade de mão-de-obra qualificada terão algum espaço. O turismo, sinceramente só acredito no potencial do Rural, porque oferta de equipamentos e infra-estruturas é nulo, os recursos paisagísticos não basta existirem, têm de estar integrados! O projecto da quinta de agra, em voga na época eleitoral, parece-me utópico, existem por aí tanto lugares com muito melhor enquadramento e ninguém lhes pega, e iam logo investir uns milhões de euros num complexo paredes meias com uma zona industrial, num local totalmente queimado e degradado (a fazer lembrar as piscinas ao lado do aterro sanitário)! Pessoalmente, penso que primeiro é muito importante dar-mos qualidade de vida aos celoricenses e estruturar o património existente, para depois partir-mos à procura de visitantes, não vamos querer que os turistas passem naquela estrada esburacada que dá acesso à vila?

    By Blogger Coiote, at sexta-feira, 13 janeiro, 2006  

  • Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

    By Blogger País Basto, at segunda-feira, 16 janeiro, 2006  

  • Concordo contigo Helena, penso que o desenvolvimento de Celorico passa pelo turismo, a indústria já foi chão que deu uvas e já não penso sequer que seja uma solução viável, daí o motivo pelo qual coloquei este post.
    Não concordo contigo quando dizes que o investimento tem sido feito apenas na sede do concelho, tens dado uma volta pelas freguesias? Haverá concerteza muito que fazer mas muito do trabalho já foi efectivamente feito. Penso que será por aó o desenvolvimento do concelho até porque penso que para uma aposta no turismo a sede do concelho será o que menos interesse terá para quem nos quiser visitar.
    O parque de merendas do viso, os moinhos de argontim e a recuperação do castelo são exemplos bons, mas insuficientes daquilo que considero ser importante fazer por este nosso concelho.

    By Blogger País Basto, at segunda-feira, 16 janeiro, 2006  

  • Por acaso tenho uma opinião contrária. Não em relação à importância dos solares enquanto polos de atração turistíca, mas mais prpopriamente na viabilidade da execução desse projecto.
    No Boom do turismo de habitação diversos projectos foram aprovados, alguns forma executados e o que temos HOje?
    Pessoas que aproveitaram verbas comuns para recuperar património próprio e que depis dizem que têm a casa cheia (de familiares) e que não odem alugar quartos. Uma série de pessoas que vindo da nobreza não se sente bem com o nobre papel de bem receber e tratar quem quem quer vir aqui deixar o seu dinheiro. gente que teima em pensar que nada mudou e que mesmo os hóspedes que albergam em sua casa mediante o pagamento de uma quantia (por vezs absurda)são tratados como estranhos a quem se deixa pernoitar por umas noites.
    O(s) problema(s) de Celorico no Turismo são vários e quando penso nisso tento sempre começar por me colocar no lugar do turista que visito Celorico e faço a mim mesmo a pergunta, o que tenho eu para fazer nesta terra? E por aí me fico, porque a resposta é nada ou muito próximo disso. E em relação a esse aspecto penso haver claras responsabilidades da autarquia - Parque de Campismo, vias de acesso, promoção exterior, organização turistíca, etc... tudo coisas que já deviam estar em andamento e em alguns dos casos ainda não saíram do planeamento. Mas penso também que há responsabilidades enormes das forças vivas do concelho, da chamada sociedade civil, porque muito do bom trabalho a realizar, para não dizer a maior parte deve caber aos privados, Ou pode se pensar que a Câmara tem autoridade e vocação para fazer hóteis, dizer ás pessoas que trabalham nesta àrea como devem conduzir os negócios. Ensinar os restaurantes de como se deve cativar os forasteiros para a gastronomia tradicional. para mim é obvio que não. As autarquias devem ter um papel estruturante, dinamizador e aglutinador mas o motor de qualquer País ou região bem sucedida serão sempre os privados.

    By Blogger País Basto, at segunda-feira, 16 janeiro, 2006  

  • Concordo com o pais basto, as obras do centro da vila podem ter mais visibilidade, mas certamente foi gasto muitíssimo mais dinheiro fora da vila, até à uns anos atrás podia dizer que a vila é que estava esquecida! O turismo rural podia ter potencial se os proprietários tivessem alguma visão, mas tal como na agricultura, é a caça ao subsidio e mais nada! Infelizmente, penso que tem mesmo de ser a autarquia a dinamizar CBT, pois das "forças vivas" chegam poucos sinais.

    By Blogger Coiote, at terça-feira, 17 janeiro, 2006  

  • De facto, caros amigos, a linha encerrou e tenho muitas dúvidas que seja viável a sua abertura para fins turisticos. Já imaginaram os milhões que seriam necessários para a sua reabertura? E eu tenho muitas dúvidas que viesse de alguma forma criar bastantes postos de trabalho em CBT. Provavelmente em Amarante...
    Se nenhum privado pegou neste assunto então é porque provavelmente será pouco ou nada rentável. Sim, porque não vamos investir vérios milhões para criar meia duzia de empregos.

    Relativamente ao turismo, sinceramente acho que o futuro do concelho passa, indiscutivelmente por aí, mas lembrem-se que o concelho tem 22 freguesias e pensar que o turismo vai resolver os problemas desta gente e o desemprego da região é puro engano. O Turismo criará alguns postos de trabalho, não muitos. É logico que influencia outras actividades como o Comercio e outras... mas nesta terra temos que descobrir e investir em algo que tenho algum futuro, algo que nós tenhamos para dar, algo que façamos bem...para além dos recursos naturais, claro.

    É obvio que sabia bem ter cá muitas industrias implantadas, a distancia a que estamos dos grandes centros dificulta as coisas.

    By Blogger JS, at terça-feira, 17 janeiro, 2006  

  • Estamos a falar cara Helena, nem todos podemos ter a mesma ideia.
    Falo por mim, sou realmente bastante pessimista em relação aos pontos anteriormente referidos, não quero dizer com isso que me sinta derrotado à partida, nada disso. O que eu penso é que se deve começar a casa pelas fundações e que pouco adianta mantermos ilusões que dificilmente se concretizarão.
    Num Mundo perfeito podería pensar de outra maneira, mas essa não é infelizmente a realidade.
    No entanto esta situação nãoé em si um fim, nem limpa ninguém das suas responsabilidades.
    Há muitas outras coisas que se podem fazer e este espaço poderá contribuir para isso (gosto de acreditar que sim)e nunca há processo concluídos. A LImha do Tâmega é hoje uma miragem, daqui a 10 anos poderá não o ser, depende daquilo que se fizer até lá. Continuo a penar que esta obra poderá ser uma obra estruturante não só para Celorico mas para a região, já haveria que fazer, já existiria um circuito, enfim. Veja-se o caso do Douro.
    Outra obra importante seria a barragem que chegou a ser uma promessa e que agora se fala que poderá voltar à discussão.
    è disto que Celorico precisa, os chamados negócios âncora que sirvam de base para o desenvolvimento de outras actividades, essas sim geradoras de emprego, riqueza e mais valias para o concelhoe asua população.

    By Blogger País Basto, at terça-feira, 17 janeiro, 2006  

  • helena,

    Quando digo que os empregos criados com isso serão são poucos, é realmente aquilo que penso. Não digo com isto que não se deva investir no sector. Antes pelo contrário. Agora que se deve pensar no investimento e verificar se ele trará retorno, isso é outro facto. Principalmente quando de dinheiro público se trata.

    Gostaria, de facto, de ver a linha reaberta.

    Outro facto é que hoje em dia se acredita que o turismo será a salvação para o País, será a salvação para colmatar aquilo que não se fez no passado: investimento em áreas estruturantes, investimento em mão de obra qualificada.

    By Blogger JS, at terça-feira, 17 janeiro, 2006  

  • Eu acho que se deve investir, mas bem.
    Se o investimento trouxer mais valias, melhor ainda.

    Numa coisa tens razão, já que se gasta tanto mal gasto, porque não ir para a frente com isto. Atenção, eu acho que não seria mal gasto nesta linha.

    Mas agora por fases: investindo na linha, de que forma isso beneficiaria Celorico de Basto? digam-me como. Porque o passeio seria Amarante-Arco-Amarante. Seria necessário criar uma grande atractividade para fazer com que as pessoas por aqui parassem e ficassem mesmo uns dias. Se assim for, Vamos para a frente. Faça-se! construa-se!

    Mas sou da opinião de que deveriam ser os privados (está visto que em celorico não os temos, nem com vontade, nem com capital)a pegar na situação. O Municipio deveria cativar esses investidores, ao contrário daquilo que se costuma fazer, que é investir o que é nosso.
    Esse sim, deveria ser o seu papel.

    By Blogger JS, at terça-feira, 17 janeiro, 2006  

  • Caro José: Ao contrário da tua opinião pesno que a reactivação da lnha traria coonsigo enormes vantagens para o concelho de Celorico, nomeadamente na atractividade que daí resultaria para a instalação de unidades hoteleiras no concelho, essas sim capazes de rentabilizar o enorme investimento que engloba a mreactivação de uma linha que a fazer-se seria um caso inédito neste País (penso eu).
    Voltando um pouco atrás. Quando falei da promessa da construção da barragem do Tâmega, essa promessa existiu. Nessa promessa assenteu o desenvolvimento de alguns empreendimentos na altuira inaugurados com pompa e hoje existentes em regime quase de abandono, refiro-me ao Ninho da àguia em codeçoso-Rta e também o parque aquático em Amarante.
    Por aquilo que soube, embora a fonte não seja totalmente credivél esse projecto voltou a estar em cima da mesa o que na minha opinião seria absolutamente fantástico para Celorico e concelhos vizinhos.
    Reforço a minha ideia de que o panorama do turismo em Celorico não é bom e que necessita de um investimento numa obra nque seja por si só catalizadora do interesse turistíco e dinamizadora da sociedade, que consiga abrir os olhos à população do leque de oportunidades que pode resultar da captação de turistas para o concelho. Veja-se o exemplo de um pequeno município do interior que à cerca de quatro anos atrás se encontrava em piores condiçoes que Celorico e consegiu dar a volta por cima com um investimento num parque aquático chamado Praia das Rocas. os resultados são excelentes e estão à vista para os quiser ver (podem verificar em http://www.cm-castanheiradepera.pt/).
    Pegando nas palavras do autarca que projectou, lutou e realizou este projecto e depois decidiu que após três mandatos era tempo de dar a vez a outros «Portugal pode resolver os seus problemas e não precisa de inventar nada, basta copiar pelo que se faz nos Países bem sucedidos».
    Obviamente não será assim tão fácil, mas agrada-me o mote...
    Saudações...

    By Blogger País Basto, at terça-feira, 17 janeiro, 2006  

  • Caro pais Basto: é obvio que traria vantagens e alguns empregos também. Não duvido disso. Também acho que se deve apostar no turismo, mas cuidado com as expectativas aí depositadas.

    Mas também sou da opinião que não deve ser a renovação da linha o factor essencial e primordial ao desenvolvimento do turismo. Têm que se criar em Celorico de Basto um conjunto de ofertas turisticas que faça com que as pessoas queiram por cá passar uns dias. Criar um conjunto de ofertas atractivas que façam as pessoas querer vir a Celorico.

    Acredito que os passeios na linha devem ser mais uma oferta, uma das coisas que nós teremos para oferecer, em conjunto com outras mais: para criar atractividade há que criar unidades hoteleiras (com muita qualidade...) e actividades para os turistas passarem o seu tempo, coisas que não encontrem em mais nenhum lado - estou a lembrar-me por exemplo dos desportos que por cá se podem fazer.

    By Blogger JS, at terça-feira, 17 janeiro, 2006  

  • Realmente, não pode ser a linha o motor para o desenvolvimento do turismo em Celorico, é um pouco irreal pensar que com a reabertura, os hotéis e infra-estruturas turísticas apareceriam como cogumelos! Esteve aberta dezenas de anos e de pouco serviu, exceptuando a mobilidade que permitia às populações. De pouco serve o saudosismo e a fantasia, vamos continuar a trabalhar fora da nossa terra, a não ter atracões turísticas para oferecer, mas podemos ter um concelho com qualidade de vida para os celoricenses, com infra-estruturas que tragam felicidade a quem delas desfruta, é mais isso que eu espero do futuro!

    By Blogger Coiote, at quarta-feira, 18 janeiro, 2006  

  • Caro Zé:
    Não tenho como não concordar contigo.
    Nunca me passou pela cabeça deixar o futuro de Celorico dependente da reactivação ou não da linha e também penso que o concelho é demasiado grande para se dedicar exclusivamente ao turismo.
    Quanto ao posto do coiote gostava de dizer que os tempos eram outros e que nessa altura em que a linha estava em funcionamento investimentos na àrea do turismo não eram muitos.
    Há concerteza muito que fazer, espero que este espaço sirva também para a discussão séria do que é essencial e do aue é acesório.

    By Blogger País Basto, at quarta-feira, 18 janeiro, 2006  

  • Tendo em conta que alguns de nós concorda que se deve apostar no turismo, e que todos conhecemos razoavelmente bem o concelho, vou aqui deixar duas questões:

    * Que tipo de ofertas turísticas deveriam ser criadas em Celorico de Basto (para além da reabertura da linha, claro)?

    * Quais, em vossa opinião, serão os locais ideais para essa aposta?

    Peço desculpa ao País Basto por já estar a fugir da temática proposta, a reabertura da linha.

    By Blogger JS, at quarta-feira, 18 janeiro, 2006  

  • correcção: onde se lê concorda deverá ler-se concordam

    By Blogger JS, at quarta-feira, 18 janeiro, 2006  

  • Para mim não posso conceber a aposta no turismo sem criara uma dinãmica de procura turistíca, só assim Celorico se poderá tornar um concelho atractivo para investidores que depois de craido o motivo criem as condições para alojar e bem tratar os visitantes.
    projectos essenciais para mim nessa área seriam: A execução da pista de pescado Freixieiro, reinvindicação antiga do Clube Caça e Pesca de Celorico e tema aboradado durante a a campanha - Para mim esta obra seria por si só capaz de atraír e segurar em Celorico inúmero praticantes desta modalidade além do reforço que trarai ao arranjo urbanístico da Vila, "transformando" a Veiga naquilo que ela tem realmente vocação para ser, um enorme parque natural dotado de condições para ser visitado por dentro. Já deram conta de como toda a Vila de Celorico está virada para a Veiga?).
    Criação de percursos pedestres que permitam aos visiatantes fazer uma visita organizada pelo património natural e implantado do concelho.
    Aposta nos desportos de todo o terreno e aventura aproveitando o enorme património que possuímos para esse efeito.
    Aprofundamento de qualidade na gastronomia, produtos locais e artesanato, claras mais valias para quem nos visitar.
    Não é tudo mas são algumas ideias para se iniciar a discussão.

    By Blogger País Basto, at quarta-feira, 18 janeiro, 2006  

  • Helena, tal como cabeceiras de basto, Celorico, Mondim, Amarante, etc. pertencem à região de turismo da serra do Marão, não é cabeceiras a descobrir a pólvora, mas sim movimentações politicas, tal como aconteceu com as recentemente criadas associações de municípios. É muito discutível dizer que a RTVM poderia colocar CBT na rota do turismo, pois somos muito mais periféricos em relação ao Minho que à serra do Marão, e creio ser mais fácil entrar em circuitos turísticos que envolvam o baixo Tâmega e até a região duriense! Já agora, saúdo o regresso do António Moura, fica bem melhor despido do fato de “advogado do diabo”!

    By Blogger Coiote, at quinta-feira, 19 janeiro, 2006  

  • Gostava de começar por deixar claro, (caso não tenha ficado nos meus comentários anteriores) que não defendo uma aposta única e exclusiva no turismo como factor de desenvolvimento do concelho. O que defendo é uma aposta clara no turismo como factor primário para o desenvolvimento sustentavél do concelho.
    Conforme referi, tenho para mim que o maior património que Celorico possui é o património natural e ambiental e na exploração consciente e responsavél desses recurso poderá assentar o nosso desenvolvimento.
    Celorico é e será um Concelho rural, esse nome normalmente associado a questões negativas é para mim uma vantagem que este concelho possui em relação a muitos dos concelhos vizinhos que por força de um desenvolvimento forçado e desorganizado se descaracterizaram e são hoje um misto de urbe e campo uqe lhes fecha as portas a muitas soluções futuras de desenvolvimento.
    Essa ruralidade de Celorico deve no meu entender manter-se, por questões culturais de identidade, mas também por questões estratégicas.
    A agricultura existente continua a ser o trabalho de uma boa parte da população e esse facto além de ser a realidade actual pode ser capitalizada para o turismo. Aquilo que Celorico tem para oferecer aos turistas é sobretudo a sua autenticidade e do desempenho da actividade agrícola poderão saír os produtos locais de qualidade,o vinho verde (único no mundo) o artesanato, o turismo em espaço rural, a caça, a pesca e uma série de actividades que sendo normais e naturais para nós o são cada vez menos para algumas populações urbanas de todo o Mundo.
    Celorico é na minha opinião um concelho de localização privilegiada e pode afirmar-se como uma benção da natureza a menos de uma hora da segunda e da terceira cidade do País e por força do aeroporto de Pedras Rubras a cerca de duas três horas de Londres, Paris, Madrid, Roma, etc, etc...
    O próprio desenvolvimento industrial deve assentar no aproveitamento desses recursos: Granito, Floresta, pequenas industrias alimentares. A exploração do Granito, feita de uma forma consciente poderá trazer benefícios muito maiores que aqueles que apresenta hoje em dia em que o granito é vendido à tonelada, em bruto partindo depois para Espanha onde vai criar trabalho e riqueza. Penso inclusivé que com as parcerias certas também o granito poderia a contribuir para a produção de novas peças de artesanato adequando as matérias primas existentes à vontade do turista.
    Continuo a pensar que nunca se deve perder a reactivação da Linha do Tâmega de vista e que se deve fazer um esforço real para a reactivar, não ignoro a dimensão do esforço que implica a realização dessa obra, mas há tempo,ainda há algum tempo. Sei que a recuperação da linha só se poderá fazer se entretanto outras coisas forem feitas que façam pereceber os privados e o estado do potencial turistíco que está encerrado nesta região.
    Como obras essenciais volto a referir a Pista de Pesca, os percursos pedestres, o todo-o-terreno (que saudades do Transbasto), o Parque de campismo, um parque de desportos radicais, o aproveitamento da escola de molares, excelente exemplo de uma Quinta Pedagógica que funciona todos os dias.
    Ou seja não vejo o turismo como saída única para o desenvolvimentod e Celorico mas penso sinceramente que passa por aí...

    By Blogger País Basto, at quinta-feira, 19 janeiro, 2006  

  • "Jeitaço"... gostei da expressao... o comboio foi neste ultimo ano o meu transporte, entre as cidades de Braga e Porto, e se o nosso caro amigo Basto falo da utilidade do comboio para fins turisticos, eu reforço a ideia da utilidade do comboio para fins comerciais!
    É enorme a quantidade de pessoas que se deslocam entre Amarante e Arco de Baulhe em transporte proprio e 80% das vezes sozinhas. se tivessemos um serviço decente entre neste espaço geografico concerteza haveria lugar pra a ganhos para toda a gente, a Refer e os utilizadores. Se a 15 anos atras, com 10 anitos, nao lutei pela continuidade dos comboios, hoje se tivesse essa oportunidade seria o homem que em Codessoso sairia a rua de Corno em punho para chamar os restantes populares para a luta! Lembro-me bem do soar do corno... e da quantidade das pessoas que se mobilizavam em Codessoso contra aquilo que foi o verdadeiro decapitar da nossa Região. É que meus amigos a Via Rápida é o que o proprio nome indica - Via Rapida. Quem se desloca na perigosa variante, nao tem o prazer de desfrutar da paisagem... as pessoas nao param, passam!!! Que dinheiro trouxe a via rapida a celorico e a regiao?? Julgo que nenhum... ou muito pouco! O Comboio sim, gerava emprego(nem que fosse so nas estaçoes), as pessoas passavam pelos centros(das freguesias e de Celorico), podiam apreciar a paisagem! Eu estou a alongar-me mas existe muita coisa que ainda gostava de dizer acerca dos comboios... um site a visitar de um grande amigo acerca do comboio(www.ocomboio.net)

    Um Abraço

    By Blogger AgenteAlves, at quinta-feira, 19 janeiro, 2006  

  • Ainda sobre o Turismo
    Coloco aqui um link para visitarem.
    http://www.icep.pt/portugal/turismo.asp

    By Blogger País Basto, at sexta-feira, 20 janeiro, 2006  

  • Bem, isto vai interessante mas convinha sair da vila.
    Só aqui cheguei agora, mas fico espantado com a quantidade de propostas que se vão tendo para desenvolver a vila, e quando digo vila Refiro-me a Celorico de Basto. È necessário dar umas voltinhas pelo resto do concelho e constatar que Agilde tem o código postal de felgueiras e o Rêgo o de Fafe!

    By Anonymous Anónimo, at sábado, 21 janeiro, 2006  

  • http://viajar.clix.pt/pt/fzr3017.php?lg=pt

    By Blogger JS, at segunda-feira, 23 janeiro, 2006  

  • Realmente.
    Tirando a Casa do Campo e o Castelo que fica melhor na fotografia que aquilo que é na realidade fica muito pouco.
    Não acham?

    By Blogger País Basto, at quinta-feira, 26 janeiro, 2006  

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